Cidade será retratada como local de acolhimento de refugiados em um futuro distópico na produção
O ator Keanu Reeves e o governador de São Paulo, João Doria. Foto: Instagram / @jdoriajr
Em SP para gravar ficção futurista, Keanu Reeves deixa centro às escuras e fecha Av. Paulista
Spcine, que negociou a vinda da produção, emite nota dizendo que Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar estavam de prontidão
Alê Youssef (Secretário Municipal de Cultura de São Paulo), Bruno Covas (Prefeito de São Paulo), Keanu Reeves, Carl Erik Rinsch (diretor da série), Gabriela Roses (produtora) e Laís Bodanzky (diretora-presidente da Spcine) Foto: Francio de Holanda / Comunicação/Secretaria Municipal de Cultura SP
Keanu Reeves está em São Paulo há quase uma semana para gravar a série“Conquest” , que coproduz e da qual participa como ator, e já conseguiu fechar a Avenida Paulista no sábado de manhã e chamar a atenção dos moradores do centro da cidade no domingo à noite. Ambientada em um futuro distópico, a produção, que tem direção do inglês Carl Erik Rinsch, retrata a metrópole como um local de acolhimento humanitário de refugiados.
Nas redes sociais, vários moradores da região da Avenida Paulista e do centro da cidade postaram fotos e vídeos com imagens das gravações nos dois locais. Cerca de 800 profissionais estão envolvidos na realização da série. A O2 Filmes, de Fernando Meirelles, faz o serviço de produção local.
No sábado de manhã, a produção passou pela Avenida Paulista, entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a rua Pamplona. Uma moradora da região Oeste disse que na manhã de sábado foi correr e se deparou com a avenida fechada, o que teria causado, segundo ela, congestionamento nas vias adjacentes.
De sábado para domingo, as gravações de "Conquest" ocuparam o Viaduto do Chá, Praça do Patriarca, Rua Direita, Rua São Bento, Praça Ramos de Azevedo, Rua Líbero Badaró e Rua Xavier de Toledo, Rua 24 de maio, Rua Barão de Itapetininga, Rua Conselheiro Crispiniano. Os relatos dos moradores do centro na internet são de apagões e de uma chuva de fogos de artifício. Houve, inclusive, quem pensasse em arrastão.
Segundo comunicado da Spcine, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar acompanharam durante toda a noite a região central afetada com o desligamento das luzes para garantir a segurança. Apenas uma saída do Metrô estava dentro do perímetro impactado e havia policiamento no loca no período.
Na mesma nota, a empresa municipal de cinema e audiovisual disse que "mesmo em diárias de filmagem noturnas, é rara a solicitação de apagamento temporário de trechos da iluminação pública". A produção fez a solicitação de apagar a iluminação por "questões técnico-artísticas".
Por meio de nota, a Spcine informa que São Paulo é o segundo maior destino de filmagens da América Latina e que recebe cerca de mil produções e 3 mil diárias por ano. A empresa também esclarece que grande parte das gravações acontece durante a noite para reduzir o impacto na rotina diurna.
As negociações para trazer as gravações de "Conquest" começaram em maio de 2018, quando os produtores procuraram a São Paulo Film Commission, setor da Spcine responsável por atrair filmagens para a capital, para obter informações sobre a infraestrutura de filmagem. Em abril, Reeves, Rinsch e a produtora Gabriela Rosés Bentancor vieram à cidade para firmar o acordo.
A gravações envolveram nove secretarias municipais, CET, subprefeituras, a Guarda Municipal, iluminação da cidade e limpeza urbana.
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