A primeira temporada de Punho de Ferro segue o mesmo formato de origem dos outros três personagens exibidos anteriormente. Entretanto, se nas outras roduções o herói tinha um vilão personificado em uma figura forte, aqui, o maior nêmesis da Arma Viva é o Tentáculo, como um grupo omnipresente e insidioso. Que corrompe, transforma amigos em inimigos, heróis em vilões.

Ao contrário dos outros super-heróis, Danny Rand (Finn Jones) carrega uma inocência juvenil que faz os vilões se aproveitarem dele e utilizar esta característica para movimentar a trama. Esse recurso é empregado o tempo todo para criar novas mudanças de perspectiva. Quem é vilão em uma sequência, pode se tornar um bom sujeito e ajudar o Punho de Ferro logo depois. Da mesma forma, quem era um amigo inseparável pode se tornar inimigo. A série brinca com essas viradas de conceito o tempo todo.

Muitas críticas reclamaram deste aspecto e disseram que a série é confusa ao não definir um nêmesis para o personagem (como Demolidor e Wilson Fisk, por exemplo). Entretanto, este foi justamente um dos pontos positivos da primeira temporada, pois é uma ferramenta que ajudou a mostrar a pureza do personagem, que confia nas pessoas sem pestanejar.

Assim, a primeira temporada de Punho de Ferro deixa clara que a sua intenção é contar a história de uma pessoa que ficou 15 anos longe da sociedade, teve que crescer longe da família e é enganado facilmente. Tudo que ele passou na trama foi feito para ajudá-lo a amadurecer e prepará-lo para a série dos Defensores.

Outras críticas sobre Punho de Ferro também apontaram o seu ritmo lento, sem se tocar que esse é um padrão das séries Marvel da Netflix. O ritmo é cadenciado e constante, ao contrário de Luke Cage, que mais parece uma montanha russa. O que realmente considero imperdoável, é numa série com apenas 13 episódios utilizar os três primeiros para o protagonista provar que está vivo ao voltar para Nova York.

Claro que a primeira temporada do Punho de Ferro tem problemas, mas não é essa lixeira toda que pinta os reviews publicados por aí, principalmente lá fora. As cenas de ação mais contidas, o punho brilhante mais discreto e o pouco apelo para o lado fantástico, está de acordo com a proposta que a Netflix carrega desde o início do projeto. Como fã, até entendo que eles poderiam pirar mais um pouco nos efeitos visuais e no aspecto místico do personagem, mas a série ficaria muito destoante em relação as outras já apresentadas.

A Colleen Wing (Jessica Henwick), a Filha do Dragão, é a melhor coadjuvante das séries da Marvel/Netflix até agora. Além de ter um arco muito bem definido, e um crescimento visível dentro da trama, ela é uma das peças fundamentais para o amadurecimento do protagonista, como citado anteriormente.

Punho de Ferro não é a melhor série Marvel da Netflix, mas também não é a pior. Para mim, este posto ainda é a série do Luke Cage. Se você é fã assíduo dos quadrinhos, e assim como eu, quer acompanhar tudo que é lançado sobre este universo, não deixe se abater pelas críticas negativas e dê uma chance.

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