Controle do Xbox One
(Foto: Divulgação)
A FTC, agência dos Estados Unidos que regula o mercado no país, divulgou relatórios segundo os quais a Microsoft "comprou" produtores de conteúdo no YouTube para que eles falassem bem do Xbox One em 2014, quando o console foi lançado.
Segundo os documentos, a Microsoft contratou agências de publicidade, que acionaram a rede de conteúdo Machinima para que conseguissem canais influentes dispostos a elogiar o videogame. Os influenciadores tiveram acesso antecipado ao console e alguns jogos e teriam recebido entre US$ 15 mil e US$ 30 mil para falar bem do produto.
A investigação descobriu que o canal Syndicate, por exemplo, recebeu US$ 30 mil pela produção de dois vídeos, o canal SkyVsGaming ganhou US$ 15 mil por um vídeo e US$ 25 mil foram distribuídos a outros produtores de conteúdo.
A prática não é proibida no país, mas deve ser identificada como conteúdo publicitário. "Quando as pessoas veem um produto sendo elogiado online, elas têm o direito de saber se estão vendo uma opinião autêntica ou se tem um viés marqueteiro. Isso deve ser avisado em toda e qualquer ocasião quando acontecer esse tipo de apoio", aponta Jessica Rich, diretora do gabinete de proteção ao consumidor do FTC.
As empresas não pagarão nenhuma multa, mas foram advertidas pelo FTC, que classificou o episódio como "um evento isolado".
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